sábado, 9 de maio de 2015

Explicando o trecho de um parto normal

O propósito dessa publicação é levar conhecimento, consciência e reflexão. Não é desmerecer as condutas feitas, tampouco tirar a beleza do ato de parir ou do amor de uma mãe pelo seu filho! Cada parto tem algo para nos ensinar!

Trecho do Parto: https://www.facebook.com/Stylisheve/videos/778807465493170/?pnref=story


1. Parto Normal com analgesia: O parto natural é o parto sem analgesia. Quem passou pelo parto natural afirma que, quando ocorre a dilatação total a dor ameniza significantemente. Isso ocorre porque o corpo é capaz de produzir substâncias que aliviam a dor, como a endorfina, cuja produção é desencadeada pela dor das contrações. A analgesia (diferente da anestesia, que somente é usada em cirurgia) é utilizada no parto normal e não tira totalmente as sensações (se corretamente administrada), reduzindo apenas a dor mais intensa. A mulher que deseja a analgesia tem o direito de tê-la, no entanto, deve saber que, "a revisão sistemática disponível na Biblioteca Cochrane deixa bem claro que, apesar de oferecer alívio efetivo da dor do parto, analgesia de parto está sim associada com aumento de morbidade materna e de intervenções: analgesia peridural aumenta o risco de bloqueio motor, de parto instrumental, hipotensão materna, febre materna, retenção urinária, acarreta maior duração do período expulsivo, maior utilização de ocitocina e se associa a risco aumentado de cesariana por sofrimento fetal" (Melania, 2012).

2. Uso da cardiotocografia durante o trabalho de parto (intraparto): A cardiotografia é usada para verificar o bem-estar fetal e a intensidade contrações uterinas. Alguns obstetras usam da cardiotografia durante a fase latente quando a gestação passa de 40 semanas, para ter certeza de que o bebê continua bem enquanto se espera o início natural do trabalho de parto, ou quando a mãe tem alguma doença ou complicação (hipertensão, diabete gestacional, cardiopatias, anemias, doenças reumatológicas, trombofilias), quando a bolsa rompe antes de 37 semanas de gestação, quando há suspeita de infecção dentro do saco gestacional (corioamnionite).
O uso da cardiotografia intraparto não permite que a gestante se movimente ou fique em outras posições que auxiliam no trabalho de parto.
Verifiquem o estudo completo sobre a cardiotografia intraparto neste link: http://estudamelania.blogspot.com.br/2014/06/estudando-cardiotocografia-intraparto-o.html




3. Posição semideitada da mãe: De acordo com a OMS, a posição que deve ser adotada pela mulher em trabalho de parto no momento do expulsivo deve sempre ser aquela na qual ela se sinta mais confortável. Essa posição tem a vantagem de aliviar a coluna da mulher e favorecer o trabalho da gravidade no processo de parto, porém, como o peso da mulher fica apoiado sobre seu cóccis, a dilatação dos ossos da pelve é dificultada.


 
 
4. Clampeamento precoce do cordão umbilical: O clampeamento tardio do cordão previne a deficiência de ferro do bebê no seu primeiro ano de vida. Confira o estudo sobre a importância do clampeamento tardio do cordão daqui no Blog: http://acolhedoramaterna.blogspot.com.br/2015/04/por-que-esperar-para-cortar-o-cordao.html
Lista de alguns estudos sobre os benefícios do clapeamento tardio do cordão umbilical


Cordão com sangue (NÃO CORTAR) e cordão sem sangue (PODE CORTAR)

Segue o estudo sobre o cordão umbilical: http://adeledoula.blogspot.com.br/2011/11/entendendo-melhor-o-cordao-umbilical.html

5. Bebê vai direto para o colo da mãe: O bebê nasce e é colocado imediatamente no colo de sua mãe, onde poderá ser então enxugado delicadamente, suavemente, sem pressa, com panos bem macios. "Suavizar o nascimento do bebê deveria ser a regra. Nascer é um tremendo esforço, e adaptar-se ao mundo aqui fora não deve ser uma tarefa fácil. Seria maravilhoso se todos os bebês pudessem fazer isso com calma, sem pressa e num ambiente amoroso e delicado. Afinal de contas, para humanizar o nascimento não é necessário "fazer coisas". Justamente ao contrário, para suavizar o nascimento precisamos apenas "não fazer nada"". Para ler o texto completo, clique no link: http://www.maternidadeativa.com.br/artigo20.html

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