quinta-feira, 16 de julho de 2015

Obstetras de Campinas: % Cesáreas e % Partos Normais

Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), as beneficiários dos planos de saúde dispõe sobre o direito de acesso à informação dos percentuais de cirurgias cesáreas e de partos normais dos médicos conveniados. Consulte a resolução neste link: http://www.ans.gov.br/index2.php?option=com_legislacao&view=legislacao&task=TextoLei&format=raw&id=2892).

Essa é uma das informações importantes para auxiliar as gestantes na escolha do obstetra que acompanhará a sua saúde gestacional. As escolhas referentes a gestação devem ser feitas com consciência, conhecimento, respeito e protagonismo materno! 

"Se abrir para o parto não quer dizer que você terá um parto vaginal, nem uma cesariana. Aliás, não tem nada a ver com os tipos de parto que existem. Apenas quer dizer que você está aberta para a aprendizagem que ocorre ao parir! Então não feche nenhuma porta, ABRA TODAS! Sobretudo, não deixe que fechem ou abram as portas que são suas, e se entregue para aprendizagem com amor, consciência e respeito. Essas portas só se abrem por dentro." Por Acolhedora Materna
 
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Convênio: UNIMED (Campinas-SP)
Período de 01/2014 à 12/2014

Antonio Roberto Frascarelli - Unimed - 100% cesáreas


Convênio:  SULAMERICA (Campinas-SP)
Período de 01/2014 à 12/2014


Carlos Eduardo R Urbano - Sulamerica - 100% cesáreas

Patricia Leone Nicastro (atende via empresa aberta MCG MED CARDIOL GINECOL LTDA) - Sulamerica - 100% cesáreas

Sandra R. Stolagli - Sulamerica - Não atendeu nascimentos pelo convênio em 2014

Obstetras de Americana (2014): % Cesáreas e % Partos Normais

Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), as beneficiários dos planos de saúde dispõe sobre o direito de acesso à informação dos percentuais de cirurgias cesáreas e de partos normais dos médicos conveniados. Consulte a resolução neste link: http://www.ans.gov.br/index2.php?option=com_legislacao&view=legislacao&task=TextoLei&format=raw&id=2892).

Essa é uma das informações importantes para auxiliar as gestantes na escolha do obstetra que acompanhará a sua saúde gestacional. As escolhas referentes a gestação devem ser feitas com consciência, conhecimento, respeito e protagonismo materno! 

"Se abrir para o parto não quer dizer que você terá um parto vaginal, nem uma cesariana. Aliás, não tem nada a ver com os tipos de parto que existem. Apenas quer dizer que você está aberta para a aprendizagem que ocorre ao parir! Então não feche nenhuma porta, ABRA TODAS! Sobretudo, não deixe que fechem ou abram as portas que são suas, e se entregue para aprendizagem com amor, consciência e respeito. Essas portas só se abrem por dentro." Por Acolhedora Materna
 
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Convênio: IRMAM SÃO LUCAS (Americana-SP)
Período de 01/2014 à 12/2014

Antonio Omar Abdel Latif
CESARIANA (FETO ÚNICO OU MÚLTIPLO)
52%
PARTO (VIA VAGINAL)
48%

Deborah Ap Netto Ferreira
CESARIANA (FETO ÚNICO OU MÚLTIPLO)
43%
PARTO (VIA VAGINAL)
57%

Harry Brechmacher Jr
CESARIANA (FETO ÚNICO OU MÚLTIPLO)
12%
PARTO (VIA VAGINAL)
88%

Helen Cristina Pitoli Bueno
CESARIANA (FETO ÚNICO OU MÚLTIPLO)
52%
PARTO (VIA VAGINAL)
48%

Katia Cecchini
CESARIANA (FETO ÚNICO OU MÚLTIPLO)
45%
PARTO (VIA VAGINAL)
55%

Leandro Ferreira
CESARIANA (FETO ÚNICO OU MÚLTIPLO)
40%
PARTO (VIA VAGINAL)
60%


Juliana H. Stella
CESARIANA (FETO ÚNICO OU MÚLTIPLO)
94%
PARTO (VIA VAGINAL)
6%


Convênio: UNIMED SBO/AMERICANA (Americana-SP)
Período de 01/2014 à 12/2014


Neusa Shigueko Watanabe Fagionato
CESARIANA (FETO ÚNICO OU MÚLTIPLO)
96,25%
PARTO (VIA VAGINAL)
3,75%

Libório Antônio Cecim Albim
CESARIANA (FETO ÚNICO OU MÚLTIPLO)
91,25%
PARTO (VIA VAGINAL)
8,75%

Chaine Calil Canfour Franchi
CESARIANA (FETO ÚNICO OU MÚLTIPLO)
89,47%
PARTO (VIA VAGINAL)
10,53%

Maria Luisa Bignotto Cury
CESARIANA (FETO ÚNICO OU MÚLTIPLO)
86,47%
PARTO (VIA VAGINAL)
13,53%

Abnadar Reis Filho
CESARIANA (FETO ÚNICO OU MÚLTIPLO)
86,42%
PARTO (VIA VAGINAL)
13,58%

Rosemary Machado Caetano
CESARIANA (FETO ÚNICO OU MÚLTIPLO)
84,54%
PARTO (VIA VAGINAL)
15,46%

Elizabeth Cecim Abraão Hermenegildo
CESARIANA (FETO ÚNICO OU MÚLTIPLO)
80,26%
PARTO (VIA VAGINAL)
19,74%

Aladim de Paula Freitas Junior
CESARIANA (FETO ÚNICO OU MÚLTIPLO)
71,79%
PARTO (VIA VAGINAL)
28,21%

João José de Paula
CESARIANA (FETO ÚNICO OU MÚLTIPLO)
57,55%
PARTO (VIA VAGINAL)
42,45%

Luiz Fernando Baccilli Daros
CESARIANA (FETO ÚNICO OU MÚLTIPLO)
56,16%
PARTO (VIA VAGINAL)
43,84%

  
Ressaltamos que estas informações referem-se aos dados vinculados apenas aos partos efetuados pelas Operadoras, e não ao total de partos realizados pelos médicos (partos particulares).

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Fontes de Estudo e apoio: https://www.facebook.com/groups/partonormalcampinas/ (Facilitado pela doula Valentine Kasin) / Doulas e Gestantes usuárias de convênios médicos da Região de Americana / Convênios: Irmam São Lucas, Unimed Americana, Santa Bárbara d'Oeste e Piracicaba, Sulamerica / Mediservice Piracicaba.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Por que é importante que o bebê fique no colo?

 
"Pesquisas mostraram que os bebês que ficam em contato maior com a mãe, são menos propensos a serem inseguros"

Sabemos que alguns bebês sentem maior dificuldade em se adaptar à vida fora do ventre de sua mãe, e sabemos também que o contato pele a pele com a mãe diminui o estresse desse bebê, as cólicas, inseguranças e favorece a amamentação! Portanto, o uso do Wrap Sling é tão importante para fortalecer esse vínculo mamãe-bebê, pois possibilita que o bebê fique mais tempo no colo e a mãe com as duas mãos livres para fazer suas atividades do dia-a-dia e ainda acaricia-lo. Além de confortáveis e bonitos, os Wrap Slings oferecem outros benefícios para a mãe e o bebê. Confira!


Uso correto do Wrap Sling


Como sabemos, os três primeiros meses de vida são interpretados pelo bebê como uma extensão da vida no ventre, onde ele apenas ouvia o batimento cardíaco da sua mãe. Por isso, pode demorar um pouco para que o bebê se adapte à vida fora do ventre, e é por isso que os Wrap Slings são tão úteis - eles fornecem uma transição mais fácil para o seu bebê, transmitindo segurança, favorecendo o vínculo e o apego entre mamãe e bebê.

Você conhece o método canguru?
O método canguru, é uma prática que permite que o bebê mantenha-se em contato pele a pele com a mãe. Este método tem benefícios comprovados cientificamente que favorecem o bebê e mãe em termos de vínculo e apego.  O contato permite que o bebê possa ouvir o batimento cardíaco da mãe (ou do pai), assim como escutava no ventre, além de comprovada, por meio de pesquisas, que o método ajuda a acalmar o bebê.  Em caso de bebês prematuros, quando esse método é realizado, auxilia no aumento da taxa de crescimento desses bebês e favorece a formação de conexões neurais importantes responsáveis pela construção da sua personalidade no futuro e ajuda a regular a sua respiração e batimentos cardíacos.
O método aumenta a confiança dos pais no cuidado com o bebê e, especificamente para as mães, que estimula a produção de leite materno e reduz a incidência de depressão pós-parto.

Conveniência no uso do Wrap Sling
A mãe sente como se ainda estivesse com o bebê em seu ventre, pode ir a diversos lugares sem a necessidade de levar carrinho, além de manter as duas mãos livres para carregar sacolas ou dar a mão para outras pessoas (por exemplo, seu filho mais velho). Dentro de casa ele pode ser usado para que a mãe ou o pai consigam fazer algumas atividades da casa, usando as duas mãos!

Comunicação e Desenvolvimento Físico do seu bebê
O contato pele a pele possibilita o sincronismo melhor com os seus gestos e expressões faciais entre mãe e bebê, até o ponto da mãe identificar suas necessidades antes mesmo que o bebê comece a chorar. Quando os bebês não precisam chorar para comunicar as suas necessidades, eles sentem mais confiança na mãe (ou pai), aprendem a se comunicar melhor e têm sua segurança reforçada.
Junto do corpo da mãe, o bebê está mais em sintonia com os movimentos as ações, e essa estimulação permite que o bebê ganhe maior controle sobre seus músculos, pois adquire conhecimento sobre os movimentos que a mãe ou o pai fazem no dia a dia.

Seu bebê seguro e confiante
A medida que o bebê cresce e se torna mais consciente do que está a sua volta, ele expressa, muitas vezes, uma certa ansiedade quando vão à lugares diferentes, ou encontram com pessoas desconhecidas.  Se ele ouvir a respiração e batimentos cardíacos da sua mãe ou pai, ele pode se acalmar e aliviar o estresse. Ao contrário do que se pensava, pesquisas mostraram que os bebês que ficam em contato maior com a mãe, são menos propensos a serem inseguros e mais propensos a serem independentes mais cedo. Enquanto o bebê cresce se sentindo mais confiante, ele consegue se aventurar de forma mais independente e segura muito mais cedo, em comparação com os bebês que não são carregados com frequência.

Refluxo e cólica bebês
Manter o bebê na posição vertical ajuda na sua digestão e evita refluxo, evitando assim a regurgitação mais dolorosa. Bebês com cólica também choram menos quando colocados juntos do peito da mãe, pois o contato serve como uma massagem suave para o estômago do bebê.

Displasia de Quadril (Luxação congênita)
Com os cangurus convencionais, habitualmente, observa-se que as pernas do bebê ficam penduradas em relação ao resto do corpo, e não dobradas no estilo “rã” (postura que favorece o desenvolvimento das articulações dos quadris). Com as perninhas penduradas, o peso do bebê é fica apoiado diretamente na zona genital ao invés do seu bumbum, e sua coluna adquire uma postura não-fisiológica. A postura de “rã”, oferecida pela amarração do Wrap Sling "consiste em levar o bebê no colo com as pernas abertas em cerca de 45° em relação ao eixo corporal (abertura total entre as pernas de 90°), e o quadril flexionado de maneira que os joelhos fiquem à uma altura ligeiramente superior ao bumbum. Isso permite que a cabeça do fêmur fique perfeitamente encaixada dentro da articulação do quadril e é a posição fisiologicamente correta, é uma postura ótima, e previne problemas posteriores desta articulação. Esta técnica de encaixamento ajuda a resolver casos de displasia de quadril leves." (Pediatria em Foco)

Em breve, teremos aqui no BLOG o relato de uma mãe e um pai que trataram da displasia de quadril da sua filha! Eles nos contarão sobre as dificuldades que tiveram, dos seus sentimentos e da importância de cuidar bem da postura do seu bebê!
 

Fontes de estudos: Rodas mães/ Anisfeld E, Casper V, Nozyce M, Cunningham N. (1990) Does Infant Carrying Promote Attachment. An Experimental Study of the Effects of Increased Physical Contact on the Development of Attachment. Child Development 61:1617-1627. / Hunziker UA, Garr RG. (1986) Increased carrying reduces infant crying: A randomized controlled trial. Pediatrics 77:641-648 / AmaWrapSling / http://www.pediatriaemfoco.com.br/posts.php?cod=220&cat=2

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Injeções de corticoide para amadurecer o pulmão do bebê

O corticóide pré-natal em gestantes tem o intuito de reduzir as complicações neonatais associadas ao nascimento prematuro.

a) Pra que servem as injeções? Quando devem ser administradas as injeções?
A pediatra Ana Paula Caldas, que atende partos domiciliares e hospitalares, dá as seguintes orientações sobre a administração das injeções de corticoides:

  1. Servem, exclusivamente, para acelerar a produção de uma substância que ajuda na maturação pulmonar do feto, caso ele nasça prematuro.
  2. Ela é indicada em gestações de risco, em que há iminência do nascimento para melhorar as chances de sobrevivência do bebê.
  3. Seu efeito dura de 48 horas a 7 dias e só deve ser aplicada até as 34 semanas, então não adianta tomar as injeções com 37 semanas de gestação para poder marcar a cesárea na semana seguinte.
  4. Ela não é isenta de riscos, tem efeitos na formação do cérebro do bebê.
A Sociedade Portuguesa de Pediatria possui um documento completo sobre a administração do corticoide, considerando as tabelas abaixo referente ao grau de recomendações e os níveis de evidências.





Seguem algumas das questões respondidas por este documento (Documento Completo Aqui)

Quais são os benefícios da sua administração pré-natal?
A administração pré-natal de corticoides está associada a reduções significativas, tanto do risco de morte neonatal, como da ocorrência de doença da membrana hialina e de hemorragia intra-ventricular neonatais (Nível de Evidência A, Grau de Recomendação I). Não lhes são atribuíveis efeitos benéficos maternos.

A que gestantes devem os corticoides ser prescritos?
 Os clínicos devem prescrever um único ciclo de corticoides às grávidas entre 24+0 e 34+6 semanas de gestação que se encontrem em risco de parto prematuro (Nível de Evidência A, Grau de Recomendação I).

A sua administração a grávidas entre 23+0 e 23+6 semanas é de considerar, embora a sua utilidade seja questionável (Nível de Evidência B, Grau de Recomendação IIa).

Em caso de gestação gemelar entre 24+0 e 34+6 semanas, na eminência de nascimento, está também indicada a prescrição de um ciclo de corticoides (Nível de Evidência C, Grau de Recomendação IIa).

Nos casos de restrição de crescimento intra-uterino em risco de nascimento entre as 24+0 e as 35+6 semanas, há evidência de que a administração de um curso de corticoides tem benefício neurológico (Nível de Evidência B, Grau de Recomendação I).

Salientando-se que a cesariana eletiva deve continuar a ser realizada às 39+0 semanas, ou mais tarde, sempre que aquela tiver que ser efetuada até às 38+6 semanas, deve ser administrado à gestante um ciclo de corticoides. Esta prática comprovadamente reduz a necessidade de internamento dos recém-nascidos por diminuir os seus problemas respiratórios, entre outros (Nível de Evidência A, Grau de Recomendação I).

Quanto tempo dura o efeito benéfico dos corticoides?
 Os corticoides pré-natais são mais eficazes na prevenção da doença da membrana hialina se o nascimento ocorrer entre 24h e 7 dias após a última toma materna (Nível de Evidência A, Grau de Recomendação I).
 Mostraram-se, no entanto, eficazes na diminuição da mortalidade neonatal mesmo quando o nascimento ocorre antes de passadas 24h, pelo que a sua administração continua a estar indicada, ainda que esse evento seja previsível (Nível de Evidência A, Grau de Recomendação I). 4

Quão seguros são os corticoides?
Um único ciclo pré-natal de corticoides não está associado a efeitos adversos a curto prazo, tanto maternos como fetais (Nível de Evidência A, Grau de Recomendação I).  A avaliação a longo prazo dos benefícios e riscos de um só ciclo de corticoides não demonstra claramente que haja efeitos adversos, neurológicos ou cognitivos (Nível de Evidência A, Grau de Recomendação I).

Ainda não há dados suficientes para ajuizar dos benefícios e riscos, a longo prazo, resultantes da prescrição de múltiplos ciclos de corticoides (Nível de Evidência A, Grau de Recomendação III).


Há contra-indicações para a prescrição pré-natal de corticoides?
Deve-se ser cauteloso na prescrição de corticoides a gestantes com infecções sistémicas, incluindo tuberculose e sépsis (Nível de Evidência C, Grau de Recomendação III).

Há evidência de associação entre corioamniotite clínica e posterior desenvolvimento de leucomalácia periventricular e paralisia cerebral pelo que, naquela circunstância, os corticoides devem ser iniciados mas o parto não deve ser adiado se a condição materna e/ou fetal aconselhar a sua realização (Nível de Evidência A, Grau de Recomendação I).

A diabetes mellitus materna não é contra-indicação para a administração de corticoides. Nesse caso, a insulinoterapia poderá ter que ser ajustada (Nível de Evidência C, Grau de Recomendação IIa).

Fontes de estudos: Grupos de Profissionais da área/ Sociedade Portuguesa de Pediatria

sábado, 9 de maio de 2015

Explicando o trecho de um parto normal

O propósito dessa publicação é levar conhecimento, consciência e reflexão. Não é desmerecer as condutas feitas, tampouco tirar a beleza do ato de parir ou do amor de uma mãe pelo seu filho! Cada parto tem algo para nos ensinar!

Trecho do Parto: https://www.facebook.com/Stylisheve/videos/778807465493170/?pnref=story


1. Parto Normal com analgesia: O parto natural é o parto sem analgesia. Quem passou pelo parto natural afirma que, quando ocorre a dilatação total a dor ameniza significantemente. Isso ocorre porque o corpo é capaz de produzir substâncias que aliviam a dor, como a endorfina, cuja produção é desencadeada pela dor das contrações. A analgesia (diferente da anestesia, que somente é usada em cirurgia) é utilizada no parto normal e não tira totalmente as sensações (se corretamente administrada), reduzindo apenas a dor mais intensa. A mulher que deseja a analgesia tem o direito de tê-la, no entanto, deve saber que, "a revisão sistemática disponível na Biblioteca Cochrane deixa bem claro que, apesar de oferecer alívio efetivo da dor do parto, analgesia de parto está sim associada com aumento de morbidade materna e de intervenções: analgesia peridural aumenta o risco de bloqueio motor, de parto instrumental, hipotensão materna, febre materna, retenção urinária, acarreta maior duração do período expulsivo, maior utilização de ocitocina e se associa a risco aumentado de cesariana por sofrimento fetal" (Melania, 2012).

2. Uso da cardiotocografia durante o trabalho de parto (intraparto): A cardiotografia é usada para verificar o bem-estar fetal e a intensidade contrações uterinas. Alguns obstetras usam da cardiotografia durante a fase latente quando a gestação passa de 40 semanas, para ter certeza de que o bebê continua bem enquanto se espera o início natural do trabalho de parto, ou quando a mãe tem alguma doença ou complicação (hipertensão, diabete gestacional, cardiopatias, anemias, doenças reumatológicas, trombofilias), quando a bolsa rompe antes de 37 semanas de gestação, quando há suspeita de infecção dentro do saco gestacional (corioamnionite).
O uso da cardiotografia intraparto não permite que a gestante se movimente ou fique em outras posições que auxiliam no trabalho de parto.
Verifiquem o estudo completo sobre a cardiotografia intraparto neste link: http://estudamelania.blogspot.com.br/2014/06/estudando-cardiotocografia-intraparto-o.html




3. Posição semideitada da mãe: De acordo com a OMS, a posição que deve ser adotada pela mulher em trabalho de parto no momento do expulsivo deve sempre ser aquela na qual ela se sinta mais confortável. Essa posição tem a vantagem de aliviar a coluna da mulher e favorecer o trabalho da gravidade no processo de parto, porém, como o peso da mulher fica apoiado sobre seu cóccis, a dilatação dos ossos da pelve é dificultada.


 
 
4. Clampeamento precoce do cordão umbilical: O clampeamento tardio do cordão previne a deficiência de ferro do bebê no seu primeiro ano de vida. Confira o estudo sobre a importância do clampeamento tardio do cordão daqui no Blog: http://acolhedoramaterna.blogspot.com.br/2015/04/por-que-esperar-para-cortar-o-cordao.html
Lista de alguns estudos sobre os benefícios do clapeamento tardio do cordão umbilical


Cordão com sangue (NÃO CORTAR) e cordão sem sangue (PODE CORTAR)

Segue o estudo sobre o cordão umbilical: http://adeledoula.blogspot.com.br/2011/11/entendendo-melhor-o-cordao-umbilical.html

5. Bebê vai direto para o colo da mãe: O bebê nasce e é colocado imediatamente no colo de sua mãe, onde poderá ser então enxugado delicadamente, suavemente, sem pressa, com panos bem macios. "Suavizar o nascimento do bebê deveria ser a regra. Nascer é um tremendo esforço, e adaptar-se ao mundo aqui fora não deve ser uma tarefa fácil. Seria maravilhoso se todos os bebês pudessem fazer isso com calma, sem pressa e num ambiente amoroso e delicado. Afinal de contas, para humanizar o nascimento não é necessário "fazer coisas". Justamente ao contrário, para suavizar o nascimento precisamos apenas "não fazer nada"". Para ler o texto completo, clique no link: http://www.maternidadeativa.com.br/artigo20.html

sábado, 25 de abril de 2015

Por que é tão importante o apoio emocional na hora do parto?

VÉSPERAS DO PARTO
Desde o final da gestação, a mãe passa a apresentar uma condição especial, chamada por Winnicott (1956/2000) de preocupação materna primária. Nesse estado, a mulher se apresenta regredida e fragilizada e sua sensibilidade fica aumentada, o que permite sua identificação com o bebê. Essa forma de empatia materna é extremamente sofisticada e importante no período inicial de desenvolvimento, permitindo que a mãe, que já foi bebê, se reconecte com as vivências emocionais primitivas do seu filho recém-nascido. Assim, o nascimento de um filho remete a mulher ao seu próprio nascimento (Donelli, Caron & Lopes, 2012).


Reflexão: Se pudesse escolher hoje: como você gostaria de nascer? Ser retirada de dentro da sua mãe sem aviso prévio, ou no momento que se sentisse pronta para sair? Do mesmo modo, como pensa que seu bebê gostaria de nascer!

NA HORA DO PARTO
Nesse momento, a parturiente pode experimentar diversos sentimentos e sensações, tais como medo, angústia, alegria, tristeza e alívio de diferentes formas, desde a contenção até a expressão de sensações físicas e emocionais.
Na parturição, é preciso estar atento às suas necessidades, que iniciam pela atenção emocional de que ela precisa e vão além dos cuidados técnicos dispensados nas maternidades. Tal atenção ou acompanhamento ajuda a mulher a passar por essa experiência, propiciando-lhe benefícios físicos e emocionais (Klaus, Kennel & Klaus 1993, 2000).
Tal necessidade de proteção parece se voltar, especialmente, contra a dor, a morte, a perda e sentimentos regressivos suscitados pela vivência do parto, a qual remete todo ser humano ao próprio nascimento (Czarnocka & Slade, 2000; Durik, Hyde & Clark, 2000; Melender, 2002; Ryding, Wijma & Wijma, 2000; Soet, Brack & Dilorio, 2003; Terry & Gijsbers, 2000).
Esses benefícios resultantes do apoio dado vêm sendo comprovados em pesquisas ao longo dos últimos 30 anos, as quais demonstram que parturientes que recebem apoio emocional de outras mulheres apresentam resultados perinatais mais positivos do que as que não são acompanhadas. Tais benefícios realizam-se como menor extensão de trabalho de parto, menor necessidade de usar analgesia, menor ocorrência de cesariana, menor índice de uso de fórcipe, menor taxa de problemas de asfixia e de presença de mecônio e menor ocorrência de infecção na mãe ou no bebê (Kennell & cols., 1991; Klaus & Kennell, 1992; Campero & cols, 1998; Langer, Campero, Garcia & Reynoso, 1998). Os fundamentos básicos das pesquisas realizadas por esses autores são apoio emocional, apoio físico e informações.


Sugestão: Procure uma doula ou acompanhante de parto para conhecer os tipos de acolhimento e apoio que essas profissionais podem lhe oferecer durante a sua gestação, parto e pós parto. Os estudos revelam sinais de que esse período na vida da mulher produzem efeitos em longo prazo.
Se você deseja que estes efeitos sejam os melhores possíveis, busque ajuda de quem está disposta a significar esse período com muito amor e acolhimento.
 
Fontes de estudo: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-863X2005000100012&script=sci_arttext / http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-82712013000200012&script=sci_arttext / Vídeo da Naoli Vinaver sobre a evolução espiritual durante a gestação e parto, resultando num pós-parto mais tranquilo https://www.youtube.com/watch?v=ufiLiPTycGM 

segunda-feira, 20 de abril de 2015

A dança do nascimento: um encontro espiritual



Uma das situações mais preciosas que uma profissional do parto (parteira, obstetra, doula, enfermeira, acompanhante, etc.) pode presenciar, é a mulher em trabalho de parto conectada consigo mesma, movimentado o corpo, sem regras, sem "passos" ou direções determinadas, apenas escutando o que o corpo quer e agindo para aliviar a dor ou buscar o ritmo do nascimento do seu bebê.
É uma dança espontânea, contínua e redonda, nascendo de dentro pra fora, sem esperar pelo "aplauso final" que vem de fora, sem vergonha de ser o que é - mulher parindo - por dentro já se está satisfeita, aplaudida, desnuda, livre e protagonista do próprio palco.
O parto é a aprendizagem, é humildade, é a oportunidade de conhecer a si própria sem máscaras, sem roteiro, sem plateia. É sentir e, apenas, ir... dançando livremente, obedecendo apenas a alma, as emoções e as percepções que esse momento único proporciona.
Parir é uma oportunidade para a mulher encarar a si própria, viver a harmonia espiritual, é o desafio de apenas "ser" o que se é, é a descoberta de uma nova mulher, é o abandono do que se era antes (alguma situação, algum medo ou receio, comportamento, posição social, e até mesmo a condição de "filha" para ser "mãe", entre outras coisas), é a confiança na Criação divina que deseja que a mulher se abra para se transformar e evoluir. Por isso, é tão desafiante!
Portanto, o ato de parir é tão natural, assim como a natureza não é planejada humanamente, a dança do nascimento proporciona a sensação do improviso necessário e do desejo de nascer!
É uma experiência extraordinária. É a descoberta que se tem mais para dar, quando se ultrapassa os limites que acha que têm. É tão desafiante e grandioso, que é único e jamais será visto novamente ou vivido, no entanto, é o primeiro dos muitos "passos" que a mãe precisará dar após o nascimento do seu bebê. Pois, a permissão que se dá de livremente parir, sem o desejo pelo que é externo, sem a vaidade, renunciando os medos, as dores e qualquer outra carga carregada pela mulher que se era antes de parir, tornará os cuidados com o bebê, depois que nascer, muito mais fáceis e instintivo.
Se expandir para o que é da própria natureza, pelo que fomos criadas para ser e fazer é uma experiência de humildade para quem deseja ser mãe!
Na dança do nascimento o mérito está presente a cada progresso do parto, pois o esforço de trazer do inconsciente para o consciente todas essas etapas emocionais e espirituais e concretizá-las no plano físico, torna esse espetáculo grandioso. Não raras vezes, as mulheres depois de parir mencionam que tem uma espécie de lembrança de sensações que extravasaram o que conheciam sobre si, sobre o próprio corpo, como uma força incontrolável, comparável à um encontro espiritual.

.:: Toda mulher, inconscientemente, anseia por parir!