VÉSPERAS DO PARTO
Desde o final da gestação, a mãe passa a apresentar uma condição especial, chamada por Winnicott (1956/2000) de preocupação materna primária. Nesse estado, a mulher se apresenta regredida e fragilizada e sua sensibilidade fica aumentada, o que permite sua identificação com o bebê. Essa forma de empatia materna é extremamente sofisticada e importante no período inicial de desenvolvimento, permitindo que a mãe, que já foi bebê, se reconecte com as vivências emocionais primitivas do seu filho recém-nascido. Assim, o nascimento de um filho remete a mulher ao seu próprio nascimento (Donelli, Caron & Lopes, 2012).
Reflexão: Se pudesse escolher hoje: como você gostaria de nascer? Ser retirada de dentro da sua mãe sem aviso prévio, ou no momento que se sentisse pronta para sair? Do mesmo modo, como pensa que seu bebê gostaria de nascer!
NA HORA DO PARTO
Nesse momento, a parturiente pode experimentar diversos sentimentos e sensações, tais como medo, angústia, alegria, tristeza e alívio de diferentes formas, desde a contenção até a expressão de sensações físicas e emocionais.
Na parturição, é preciso estar atento às suas necessidades, que iniciam pela atenção emocional de que ela precisa e vão além dos cuidados técnicos dispensados nas maternidades. Tal atenção ou acompanhamento ajuda a mulher a passar por essa experiência, propiciando-lhe benefícios físicos e emocionais (Klaus, Kennel & Klaus 1993, 2000).
Tal necessidade de proteção parece se voltar, especialmente, contra a dor, a morte, a perda e sentimentos regressivos suscitados pela vivência do parto, a qual remete todo ser humano ao próprio nascimento (Czarnocka & Slade, 2000; Durik, Hyde & Clark, 2000; Melender, 2002; Ryding, Wijma & Wijma, 2000; Soet, Brack & Dilorio, 2003; Terry & Gijsbers, 2000).
Esses benefícios resultantes do apoio dado vêm sendo comprovados em pesquisas ao longo dos últimos 30 anos, as quais demonstram que parturientes que recebem apoio emocional de outras mulheres apresentam resultados perinatais mais positivos do que as que não são acompanhadas. Tais benefícios realizam-se como menor extensão de trabalho de parto, menor necessidade de usar analgesia, menor ocorrência de cesariana, menor índice de uso de fórcipe, menor taxa de problemas de asfixia e de presença de mecônio e menor ocorrência de infecção na mãe ou no bebê (Kennell & cols., 1991; Klaus & Kennell, 1992; Campero & cols, 1998; Langer, Campero, Garcia & Reynoso, 1998). Os fundamentos básicos das pesquisas realizadas por esses autores são apoio emocional, apoio físico e informações.
Sugestão: Procure uma doula ou acompanhante de parto para conhecer os tipos de acolhimento e apoio que essas profissionais podem lhe oferecer durante a sua gestação, parto e pós parto. Os estudos revelam sinais de que esse período na vida da mulher produzem efeitos em longo prazo.
Se você deseja que estes efeitos sejam os melhores possíveis, busque ajuda de quem está disposta a significar esse período com muito amor e acolhimento.
Fontes de estudo: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-863X2005000100012&script=sci_arttext / http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-82712013000200012&script=sci_arttext / Vídeo da Naoli Vinaver sobre a evolução espiritual durante a gestação e parto, resultando num pós-parto mais tranquilo https://www.youtube.com/watch?v=ufiLiPTycGM
sábado, 25 de abril de 2015
segunda-feira, 20 de abril de 2015
A dança do nascimento: um encontro espiritual
Uma das situações mais preciosas que uma profissional do parto (parteira, obstetra, doula, enfermeira, acompanhante, etc.) pode presenciar, é a mulher em trabalho de parto conectada consigo mesma, movimentado o corpo, sem regras, sem "passos" ou direções determinadas, apenas escutando o que o corpo quer e agindo para aliviar a dor ou buscar o ritmo do nascimento do seu bebê.
É uma dança espontânea, contínua e redonda, nascendo de dentro pra fora, sem esperar pelo "aplauso final" que vem de fora, sem vergonha de ser o que é - mulher parindo - por dentro já se está satisfeita, aplaudida, desnuda, livre e protagonista do próprio palco.
O parto é a aprendizagem, é humildade, é a oportunidade de conhecer a si própria sem máscaras, sem roteiro, sem plateia. É sentir e, apenas, ir... dançando livremente, obedecendo apenas a alma, as emoções e as percepções que esse momento único proporciona.
Parir é uma oportunidade para a mulher encarar a si própria, viver a harmonia espiritual, é o desafio de apenas "ser" o que se é, é a descoberta de uma nova mulher, é o abandono do que se era antes (alguma situação, algum medo ou receio, comportamento, posição social, e até mesmo a condição de "filha" para ser "mãe", entre outras coisas), é a confiança na Criação divina que deseja que a mulher se abra para se transformar e evoluir. Por isso, é tão desafiante!
Portanto, o ato de parir é tão natural, assim como a natureza não é planejada humanamente, a dança do nascimento proporciona a sensação do improviso necessário e do desejo de nascer!
É uma experiência extraordinária. É a descoberta que se tem mais para dar, quando se ultrapassa os limites que acha que têm. É tão desafiante e grandioso, que é único e jamais será visto novamente ou vivido, no entanto, é o primeiro dos muitos "passos" que a mãe precisará dar após o nascimento do seu bebê. Pois, a permissão que se dá de livremente parir, sem o desejo pelo que é externo, sem a vaidade, renunciando os medos, as dores e qualquer outra carga carregada pela mulher que se era antes de parir, tornará os cuidados com o bebê, depois que nascer, muito mais fáceis e instintivo.
Se expandir para o que é da própria natureza, pelo que fomos criadas para ser e fazer é uma experiência de humildade para quem deseja ser mãe!
Na dança do nascimento o mérito está presente a cada progresso do parto, pois o esforço de trazer do inconsciente para o consciente todas essas etapas emocionais e espirituais e concretizá-las no plano físico, torna esse espetáculo grandioso. Não raras vezes, as mulheres depois de parir mencionam que tem uma espécie de lembrança de sensações que extravasaram o que conheciam sobre si, sobre o próprio corpo, como uma força incontrolável, comparável à um encontro espiritual.
.:: Toda mulher, inconscientemente, anseia por parir!
quarta-feira, 15 de abril de 2015
Quais são os benefícios da amamentação?
Alguns protocolos hospitalares não favorecem o aleitamento precoce do bebê, principalmente, quando as mães são submetidas - necessária ou desnecessariamente - as cesarianas, pois mãe não consegue, algumas vezes, amamentar por conta da dor ou reações típicas da anestesia, como por exemplo: incidências de tremores (ler estudo sobre os tremores pós-cesareana). Portanto, estudos científicos sugerem que tanto as mulheres como os profissionais de saúde devem se conscientizar sobre essa associação negativa entre cesariana e aleitamento precoce, com suas consequentes implicações para o bem estar das crianças.
O aleitamento materno exige dedicação, paciência, disposição e consciência de seus benefícios.
Há bebês que nascem com dificuldades na "pegada" do mamilo, o que torna a amamentação um pouco mais "trabalhosa". No entanto, o bebê aos poucos aprende o melhor jeito de pegar e a mãe encontra o melhor jeito de amamentar e auxiliar nessa "pegada". Com a ajuda de um pediatra e/ou da doula, a mãe se sentirá mais segura e aprenderá sobre as diversas posições para uma amamentação mais segura e confortável.
Alguns benefícios do aleitamento materno, pelo menos, nos seis primeiros meses de vida do(s) bebê(s) são:
Pode amamentar deitada?
Sim, pode! Quem muda de posição é a mãe, geralmente o bebê mama deitado se a mãe está sentada também.
O Ministério da Saúde, a sociedade Brasileira de pediatria e a Organização Mundial da Saúde recomendam a amamentação em posição deitada. Todas essas autoridades recomendariam amamentar deitada se isso oferecesse risco ao bebê? É claro que não!
A amamentação exige disposição da mãe, é facilitada quando a mãe está descansada. Algumas mães optam, por no meio da noite, ou quando estão muito cansadas, amamentar na posição deitada. E isso não traz risco algum para o bebê.
Mamar no peito com o bebê deitado é totalmente diferente de tomar mamadeira com o bebê deitado. A questão é que muitos profissionais de saúde desconhecem esse fato e dão as mesmas orientações para duas situações distintas.
Quando o bebê mama no peito, a tuba auditiva é fechada pela valécula e, portanto, o leite não passa para o ouvido como passa quando ele toma mamadeira. Ainda que, hipoteticamente, passasse algo, o Leite Materno tem propriedades anti-infecciosas; assim é muito diferente a tuba ser invadida por Leite Artificial ou por Leite Materno.
****
Fontes de estudo: http://www.minhavida.com.br/familia/galerias/15431-10-beneficios-da-amamentacao-para-o-seu-bebe/10 / http://meufilhoealergicoaleite.blogspot.com.br/2015/04/relacao-entre-complemento-nos-primeiros.html / http://estudamelania.blogspot.com.br/2012/08/cesariana-eletiva-e-aleitamento-materno.html / http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942012000500007 / http://vilamamifera.com/depeitoaberto/otite-e-amamentacao-uma-duvida-frequente/ Experiências vividas / Relatos de Mães / ONG Amigas do Parto
O aleitamento materno exige dedicação, paciência, disposição e consciência de seus benefícios.
Há bebês que nascem com dificuldades na "pegada" do mamilo, o que torna a amamentação um pouco mais "trabalhosa". No entanto, o bebê aos poucos aprende o melhor jeito de pegar e a mãe encontra o melhor jeito de amamentar e auxiliar nessa "pegada". Com a ajuda de um pediatra e/ou da doula, a mãe se sentirá mais segura e aprenderá sobre as diversas posições para uma amamentação mais segura e confortável.
Alguns benefícios do aleitamento materno, pelo menos, nos seis primeiros meses de vida do(s) bebê(s) são:
- Fortalece a imunidade do bebê;
- Atua direto no sistema nervoso da mãe, diminuindo o estresse;
- Deixa o bebê mais tranquilo e seguro;
- Evita alergias, doenças respiratórias e deficiência de ferro; (ler sobre o estudo científico sobre a relação que existe entre o leite artificial nos primeiros dias de vida e as alergias em curto e longo prazo)
- Funcionamento melhor dos pulmões do bebê pelo ato da sucção;
- Evita cólicas, pois o leite materno tem uma proteína chamada globulinas, fermenta menos;
- Evita gases, oriundos da sucção, enquanto a mamadeira permite maior entrada de ar durante a sucção;
- Previne alterações e problemas futuros no sistema digestivo;
- Previne, em longo prazo, problemas de obesidade pois o leite materno traz a sensação de saciedade lentamente, não sobrecarregando o sistema digestivo. Enquanto a mamadeira traz saciedade imediata e favorece o acumulo de gordura;
- Ajuda no desenvolvimento cognitivo;
- Desenvolvimento adequado da arcada dentária, a sucção no aleitamento materno promovem estímulos favoráveis ao desenvolvimento da musculatura da boca e da face do bebê, o que futuramente irá refletir na respiração, fala, mastigação e deglutição.
- Ajuda no desenvolvimento dos sistemas imaturos do bebê prematuro;
- Proporciona condições saudáveis aos bebês com lábio leporino, para prosseguir com as primeiras intervenções cirúrgicas no tratamento da fissura labial. (ler artigos sobre a amamentação de bebês com fissuras labiais)
CONTATO PRECOCE PELE-A-PELE E AMAMENTAÇÃO LOGO DEPOIS DO NASCIMENTO, FAZ PARTE DA HUMANIZAÇÃO DO PARTO: LEVE ADIANTE ESSA IDEIA!
Pode amamentar deitada?
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| Amamentar na posição deitada? Claro que pode! |
Sim, pode! Quem muda de posição é a mãe, geralmente o bebê mama deitado se a mãe está sentada também.
O Ministério da Saúde, a sociedade Brasileira de pediatria e a Organização Mundial da Saúde recomendam a amamentação em posição deitada. Todas essas autoridades recomendariam amamentar deitada se isso oferecesse risco ao bebê? É claro que não!
A amamentação exige disposição da mãe, é facilitada quando a mãe está descansada. Algumas mães optam, por no meio da noite, ou quando estão muito cansadas, amamentar na posição deitada. E isso não traz risco algum para o bebê.
Mamar no peito com o bebê deitado é totalmente diferente de tomar mamadeira com o bebê deitado. A questão é que muitos profissionais de saúde desconhecem esse fato e dão as mesmas orientações para duas situações distintas.
Quando o bebê mama no peito, a tuba auditiva é fechada pela valécula e, portanto, o leite não passa para o ouvido como passa quando ele toma mamadeira. Ainda que, hipoteticamente, passasse algo, o Leite Materno tem propriedades anti-infecciosas; assim é muito diferente a tuba ser invadida por Leite Artificial ou por Leite Materno.
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Fontes de estudo: http://www.minhavida.com.br/familia/galerias/15431-10-beneficios-da-amamentacao-para-o-seu-bebe/10 / http://meufilhoealergicoaleite.blogspot.com.br/2015/04/relacao-entre-complemento-nos-primeiros.html / http://estudamelania.blogspot.com.br/2012/08/cesariana-eletiva-e-aleitamento-materno.html / http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942012000500007 / http://vilamamifera.com/depeitoaberto/otite-e-amamentacao-uma-duvida-frequente/ Experiências vividas / Relatos de Mães / ONG Amigas do Parto
sexta-feira, 10 de abril de 2015
Vamos conversar sobre a sensação de "fragilidade" na maternidade?
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| Fonte da imagem: MaternaRun |
Algumas mulheres, quando estão nas tentativas de engravidar, na gestação, no parto e pós-parto, se sente fragilizadas ou frágeis. Seus companheiros, algumas vezes, também se sentem assim, porque eles gostariam de ter o controle da situação, ajudar ativamente a mulher em todo o processo de gestação, parto e pós-parto. O que eles, às vezes, não sabem é que eles podem ser ativos nesse processo sim, aliás, eles devem. (Mas, isso falaremos em outro post, ok!?)
A fragilidade, no Dicionário Léxico, significa:
1. Característica daquilo que é frágil, que não possui grande resistência;
2. Vulnerabilidade em termos de saúde; aspecto fraco ou débil;
3. Inclinação para, com facilidade, ceder à vontade das outras pessoas; do mesmo significado de fraqueza;
4. Ausência de constância; oscilação;
5. Inexistência de fundamento ou alicerce; falta de fortalecimento.
Agora vamos relacionar a fragilidade com os processos da gravidez!?
Essa fragilidade pode ter diversas motivações: medo da gravidez, parto, ou pós-parto, sensação de que não é capaz de cuidar de um ou mais bebês, sentimento de que não era a hora certa para viver a maternidade, receio de ter um parto prematuro, medo de sentir dor, entre outras coisas.
Nos processos de engravidar, gestação, parto e pós-parto, a sensação ou estado de fragilidade não facilita as relações que envolvem esses processos, pois muitas vezes, nos levam a uma posição de coadjuvante dos processos.
A mulher que se sente fragilizada, geralmente, busca rigidez e força em alguém que ela determina ser mais forte do que ela, ou alguém que ela julga conhecer mais que ela sobre a maternidade, esquecendo que cada experiência é única - na concepção, gestação, parto, pós-parto. Quando ela faz isso, coloca-se como coadjuvante da maternidade e essa condição, na verdade, chega a causar um alívio imediato para a mulher, porém, é ilusório.
Não há nada de mal em se sentir frágil, somos seres humanos providos de emoções, histórias, contexto de vida e diversos outros tipos de sensações, no entanto, o que fazemos com essa fragilidade é o que determinará o curso de nossa vida.
Quando escolhemos alguém para ser a nossa "força" diante da nossa fragilidade, perdemos a autonomia e a oportunidade de superarmos essa fragilidade. Os processos que envolvem a maternidade são oportunidades únicas de descobrir o poder que existe em nosso corpo, mente e espírito, pois é um estado de profunda sensibilidade.
Uma vez que nos sentimos frágeis devemos buscar a superação desse estado, pois de frágil - com exceções de doenças comprovadas - o ato de gerar/cuidar, parir não tem nada, já que é o momento em que o corpo apresenta superação do seu limite e profunda resistência (veja o item 1 do significado da fragilidade) que até então não sabia que poderia superar, mas está longe de ser um estado de falta de saúde (veja o item 2 do significado da fragilidade).
A questão é: para quem podemos apresentar nossas fragilidades?
Esse cuidado é essencial para que a mulher se torne protagonista da maternidade e não coadjuvante dela, e então, tenha a autonomia de transformar a sua vida para a maternidade, caso contrário, ela viver os processos conforme as orientações de outras pessoas, sem seguir o seu instinto materno que mostra o que realmente ela já sabe fazer (veja o item 3 do significado da fragilidade). Claro, orientações e apoios são sempre bem-vindos e até mesmo necessários, mas jamais deverão tirar a autonomia da mulher.
(aliás, você sabia que todos os hormônios dos processos de concepção (sexo), gestação, parto e pós-parto, são produzidas pelas glândulas que estão localizadas na parte do cérebro que se chama "cérebro primitivo? Cérebro primitivo é onde está nosso instinto animal - e materno!).
Os processos que envolvem nosso corpo desde a concepção até a amamentação são, realmente, perfeitos. Existe um tempo, uma sequência de acontecimentos de acordo com o organismo de cada um, uma frequência, uma constância. (veja o item 4 do significado da fragilidade). É divino!
Por isso, é importante que a mulher que está vivendo a maternidade busque o profundo conhecimento sobre a fisiologia do seu corpo, sobre as possibilidades de partos, a importância da amamentação, enfim, compreender os processos, por meio de evidências científicas e não por meio de histórias aleatórias (aliás, o que mais a grávida escuta são tragédias da gestação e parto, né?) para que se sinta convencida e fortalecida (veja o item 5 do significado da fragilidade).
Notem, dos 5 itens sobre o significado da fragilidade, vemos que o nosso corpo não tem nada de frágil! Então, por que nós mulheres nos sentimos frágeis?!
Os hormônios na gestação, em especial, nos deixam mais sensíveis em diversos aspectos, propositalmente, pois somente assim conseguimos nos conectar com o nosso instinto materno (ativado no cérebro primitivo). Então, nosso sistema sensorial fica mais aguçado, sentimos melhor o gosto dos alimentos, ficamos mais sensíveis a presença de pessoas com "intenções" boas ou ruins, sentimos maior desejo sexual (principalmente no último trimestre da gestação, ou perto do parto), sentimos nossas articulações mais afrouxadas (que facilitará a passagem do bebê pela pélvis). Tudo fica mais sensível, especialmente para que consigamos nos conectar com o(s) bebê(s) que está(ão) sendo gerado(s), nos libertarmos da sensação de fragilidade e nos entregarmos à maternidade.
Sendo assim, seguem algumas dicas para superarmos a sensação de fragilidade:
1. Identificar as formas de fragilidade, uma a uma e reconhecer a existência delas.
2. Contar sobre suas formas de fragilidade para pessoas que irão apenas te apoiar na superação das mesmas e conduzi-la para o protagonismo da sua vida.
3. Contar sobre suas formas de fragilidade para pessoas que você sabe que não vão usar desse seu estado para lhe deixar ainda mais frágil.
4. Buscar em cada forma de fragilidade a força física, emocional e espiritual que existe nela.
5. Reconhecer a fragilidade como um estado passageiro.
6. Buscar ajudas necessárias para a superação desse estado.
.:: Estamos falando da fragilidade nos processos que envolvem a maternidade, o ato de gerar, parir, cuidar de um ou mais bebês, amamentar, porém, todas as pessoas tem ou já tiveram a sensação de fragilidade em outras situações da vida. Ninguém está livre disso! Portanto, quando alguém lhe apresentar uma fragilidade, essa pessoa deve ser respeitada quanto ser físico, psíquico e espiritual e, ainda, deverá receber um acolhimento cheio de compaixão.
Um versículo bíblico sobre o poder e a oportunidade espiritual de se aperfeiçoar nos momentos de fragilidade: "Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza". Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim." 2 Coríntios 12:9
Fontes de estudo: Palestra da Heloisa Lessa (Congresso Nascer Melhor), dicionário léxico, curso de doula, experiências vividas, Bíblia.
sábado, 4 de abril de 2015
Por que esperar para cortar o cordão umbilical?
A Organização Mundial da Saúde recomenda o clampeamento tardio do cordão umbilical
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| Fonte: https://www.facebook.com/orenascimentodoparto |
O clampeamento tardio do cordão umbilical (realizado 1 a 3 minutos após o nascimento) é recomendado para todos os nascimentos, iniciando simultaneamente os cuidados essenciais ao recém-nascido.
.:: médicos devem esperar que o cordão pare de pulsar naturalmente.
.:: médicos devem esperar que o cordão pare de pulsar naturalmente.
O problema: A anemia infantil, tendo como uma das principais causas a deficiência de ferro, aumenta a mortalidade infantil e causa problemas de desenvolvimento cognitivo, motor e comportamental.
A intervenção: Nas recentemente publicadas Recomendações da OMS para a prevenção e tratamento da hemorragia pós-parto de 2012, a OMS reitera sua recomendação anterior de aguardar para clampear e cortar o cordão umbilical logo em seguida ao nascimento do bebê.
A recomendação é baseada na compreensão de que o atraso do clampeamento do cordão umbilical permite a passagem continuada do sangue da placenta para o bebê durante mais 1 a 3 minutos após o nascimento. Esse breve atraso é conhecido por aumentar as reservas de ferro do bebê em até 50% aos 6 meses de idade nos bebês nascidos a termo.
No entanto, atualmente a cobertura dessa intervenção tem sido limitada devido à falta de informações sobre seus benefícios bem como em função de preocupações suscitadas a respeito da prática. O objetivo deste informe é descrever os benefícios da intervenção e por que ela não está sendo usada atualmente, para que o clampeamento tardio do cordão umbilical possa ser apoiado e promovido entusiasticamente pelos profissionais da área da saúde como uma prática recomendada para a saúde materna, saúde do recém-nascido, HIV e nutrição.
.:: Obstáculos teóricos e preocupações sobre o clampeamento tardio do cordão umbilical
- Icterícia (amarelecimento dos olhos e da pele), com necessidade de fototerapia: Estudos revelam apenas um risco de 4.36% de icterícia nos bebês que recebem clampeamento tardio do cordão umbilical, comparado a um risco de 2.74% nos bebês que recebem clampeamento precoce do cordão umbilical. Não há risco aumentado de icterícia grave.
- Policitemia (excesso de glóbulos vermelhos que aumentam a viscosidade do sangue): Estudos não revelam risco aumentado de policitemia quando um bebê recebe clampeamento tardio do cordão umbilical.
- HIV: A OMS recomenda o clampeamento tardio do cordão umbilical para todas as mulheres, incluindo mães soropositivas e mães cujo status sorológico para o HIV é desconhecido.
- Orientação clínica anterior pouco esclarecida sobre a realização do clampeamento tardio do cordão umbilical: A OMS agora recomenda integrar o clampeamento tardio do cordão umbilical aos cuidados essenciais ao recém-nascido e à gestão da terceira fase do parto.
.:: Os benefícios do clampeamento tardio do cordão umbilical
- Reservas de ferro aumentadas no momento do nascimento e menor anemia infantil: Estudos revelam uma redução de 61% na taxa de anemia requerendo transfusão de sangue quando o clampeamento tardio do cordão umbilical é praticado.
- Redução da hemorragia intraventricular (1): Estudos revelam uma redução de 59% na taxa de hemorragia intraventricular em bebês prematuros quando o clampeamento tardio do cordão umbilical é praticado.
- Menos enterocolite necrosante (2): Estudos revelam uma redução de 62% na taxa de enterocolite necrosante entre bebês prematuros quando o clampeamento tardio do cordão umbilical é praticado.
- Menos sepse infantil (3): Estudos revelam uma redução de 29% na taxa de sepse neonatal em bebês prematuros quando o clampeamento tardio do cordão umbilical é praticado.
- Menos transfusões de sangue necessárias: Estudos revelam uma redução de 52% na taxa de transfusões de sangue para a pressão arterial baixa entre bebês prematuros quando o clampeamento tardio do cordão umbilical é praticado.
(1) Hemorragia intraventricular (IVH) é o sangramento dentro ou ao redor dos ventrículos, os espaços no cérebro que contém o líquido cefalorraquidiano
(2)A enterocolite necrosante é uma doença pela qual a superfície interna do intestino sofre lesões e se inflama.
(3) A sepse infantil é uma condição médica grave caracterizada por estado inflamatório de todo o organismo e presença de infecção. O corpo pode desenvolver essa resposta inflamatória a micróbios no sangue, urina, pulmões, pele ou outros tecidos. Sepse é geralmente tratada em UTI com fluidos intravenosos e antibióticos.
Não custa nada esperar! Apenas esperar alguns minutos traz tantos benefícios! Seja gentil com o bebê, deixando receber o sangue do cordão que é dele!
Fontes de estudo: Organização Mundial da Saúde / http://o.canbler.com/artigo/hemorragia-intraventricular / http://www.manualmerck.net/?id=278&cn=1427 / http://www.copacabanarunners.net/sepse.html
quarta-feira, 1 de abril de 2015
A relação entre a sexualidade e o parto
Este vídeo são trechos da palestra da Naolí Vinaver no Congresso Nascer Melhor que aconteceu este mês. Consegui gravar três trechos pelo celular.
Vale a pena ver, é curtinho!
Quando refletimos sobre o que a Naolí falou, chegamos a pensar: "Uau! Por que eu não tinha pensado nisso antes?" - É lindo, profundo, reflexivo!
A Naolí explica que da mesma maneira que a mulher se abre para o amor sexual com seu companheiro, ela deve se abrir para o ato de parir, de maneira a se sentir "aberta" no seu maior íntimo. Assim como o sexo é divino, deve ser iniciado no tempo divino, o ato é a ligação entre duas almas e espiritualmente o sexo almeja por gerar mais uma vida junto das duas vidas que se propuseram a se relacionar, por isso, ele deve ser de profunda entrega: corpo, alma e espírito. O parto deve ser entendido da mesma maneira, espiritualmente, emocionalmente e fisicamente.
A Naolí fala sobre a dor do parto, que não é um sofrimento, de modo que a dor é simbolizada como um amor muito intenso, por isso, devemos ir de encontro a esse amor durante o trabalho de parto e parto, não fugir dele, se entregar, aceitar, desejar, sentir prazer.
Todas as sensação do processo de parir são ápices de amor, assim como o sexo, o orgasmo, é amor na maior intensidade possível, amor que vem de dentro, amor sensível e incondicional, amor que espera o tempo certo, que não tem hora marcada para chegar ao seu prazer máximo. Por isso, o ato de parir é uma experiência transformadora!
Fonte: http://nascermelhor.com.br/congresso-online-nascimento-natural-e-humanizado/
Vale a pena ver, é curtinho!
Quando refletimos sobre o que a Naolí falou, chegamos a pensar: "Uau! Por que eu não tinha pensado nisso antes?" - É lindo, profundo, reflexivo!
A Naolí explica que da mesma maneira que a mulher se abre para o amor sexual com seu companheiro, ela deve se abrir para o ato de parir, de maneira a se sentir "aberta" no seu maior íntimo. Assim como o sexo é divino, deve ser iniciado no tempo divino, o ato é a ligação entre duas almas e espiritualmente o sexo almeja por gerar mais uma vida junto das duas vidas que se propuseram a se relacionar, por isso, ele deve ser de profunda entrega: corpo, alma e espírito. O parto deve ser entendido da mesma maneira, espiritualmente, emocionalmente e fisicamente.
A Naolí fala sobre a dor do parto, que não é um sofrimento, de modo que a dor é simbolizada como um amor muito intenso, por isso, devemos ir de encontro a esse amor durante o trabalho de parto e parto, não fugir dele, se entregar, aceitar, desejar, sentir prazer.
Todas as sensação do processo de parir são ápices de amor, assim como o sexo, o orgasmo, é amor na maior intensidade possível, amor que vem de dentro, amor sensível e incondicional, amor que espera o tempo certo, que não tem hora marcada para chegar ao seu prazer máximo. Por isso, o ato de parir é uma experiência transformadora!
Fonte: http://nascermelhor.com.br/congresso-online-nascimento-natural-e-humanizado/
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